quarta-feira, 8 de junho de 2011

Da Era Meiji ao Nippon Maru

            Vemos no território brasileiro uma significativa parcela de descendentes de imigrantes japoneses, mas por qual motivo tal povo saiu do seu país de origem, atravessou o oceano, no início do século XX e veio rumo ao Brasil?
            A imigração japonesa está relacionada com o período de “Restauração Meiji” ( 1868 a 1912), este que começa com a mudança do eixo político do sistema de Xogunato para a corte, que traz um fortalecimento do poder nas mãos do Imperador e uma tentativa de modernizar o Japão depois de anos de isolamento. Entretanto, essas mudanças prejudicaram a classe menos favorecida do país, visto que o mesmo passava por uma crise superpopulação e de desemprego, frutos da Era Tokugawa, anterior a Era Meiji.
            Tais fatores foram agravados ainda por medidas tomadas para acelerar o desenvolvimento do país, como a fim da classe dos samurais que teve como consequência o agravamento da crise de desemprego; a lei do ensino obrigatório, isto fez com que quase 50% da renda per capita dos agricultores servisse para pagar a mensalidade dos alunos do curso primário; serviço militar obrigatório, que ocasionou a falta de mão de obra nas lavouras.
A imigração japonesa também foi reforçada pelos tratados assinados em 1895, comercial, e  em 1908, de imigração. Chegando no Brasil os imigrantes assinaram contratos de trabalhos e foram divididos em várias fazendas de café pelo interior paulista.
A corrente de imigração japonesa foi muito grande nesta época, porém foi interrompida durante a Segunda Guerra Mundial, sendo retomada após o término da mesma, tendo seu fluxo migratório por via marítima encerrado em 1973, após a chegada do navio “Nippon-Maru”. 
 Um fato curioso da política imigratória brasileira era que os imigrantes deveriam vir em grupos familiares. Isto serviu para que não ocoresse a predominância de japoneses do sexo masculino, como em outras partes do mundo. Houve, então um equilíbrio na imigração.
 Referência
HIRAKAWA, Jorge I. Igreja Metodista Livre: uma igreja evangélica japonesa no processo de inserção no Brasil, Pontíficia Universidade Católica de São Paulo, 2007. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br >. Acesso em: 06 de junho de 2011.


Subtema do Grupo: “Formação do estado de São Paulo através do mar”


Integrantes: Fernanda Pozzi/ Luísa Martins/ Priscila Bonnes

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