quarta-feira, 15 de junho de 2011

Estratégia naval das potências marítimas de maior

            Nesta análise, procura-se objetivar as estratégias navais de três das potências
marítimas de maior relevância. Ao Ocidente, os Estados Unidos da América e o Brasil, ao
Oriente, a China, de forma comparativa, a fim de examinar o grau de combatividade destes
expoentes com interesses antagônicos, inseridos em um sistema internacional anárquico.
            A China, ainda que não seja uma das forças navais mais consideráveis no mundo, é a
que tem maiores tendências de crescimento e denota, juntamente com a Rússia, uma zona de
interesses contrapostos aos dos EUA. Sua estratégia naval é pautada em três pontos:
exercícios militares, cuja finalidade era mandar uma mensagem bastante explícita aos seus
países vizinhos, como uma forma de dissuasão; desembarques à longa-distância sejam de
homens ou de recursos, com o objetivo de ter maior participação nas ações de ajuda
humanitária internacional; e finalmente, diplomacia militar, a fim de estabelecer relações
bilaterais ou multilaterais com países da região da Ásia e Pacífico.¹
            Em contrapartida, os EUA detém uma estratégia mais preocupada com as linhas de
comércio, ainda que não haja nenhum lapso quanto à segurança, com a prevenção dos
conflitos e com a cooperação entre marinhas. É embasada em segurança, na medida em que é
vista como maior força naval do planeta; em prosperidade, partindo-se do pressuposto de que
a instabilidade nas águas tem impacto direto na qualidade de vida do país, em vista do
comércio e da população costeira; e por fim no poder marítimo, com a premissa de que uma
força naval unificadora e um denominador comum permitem a segurança naval, a estabilidade
e a prosperidade.²
             Enfim, não menos pujante estrategicamente, a marinha brasileira prevê uma atuação
regional, ao contrário das primeiras. Está focada, em suma, na defesa costeira desigual, agora
com ênfase nas áreas de extração de recursos (como o pré-sal). Garante-se também em
matéria de estudos da superfície marítima e ainda assegura para o futuro próximo uma base
na foz do rio Amazonas.³
            Conclui-se, desta forma, que as marinhas citadas alocam-se formidavelmente em
razão de seus interesses estratégicos, o que de certa forma os coloca em posição de
contradição de interesses, mas com possibilidades parcas de um confronto; seu poderio é em
primeira instância uma arma de dissuasão.

Referências

CHINA 'S three-point naval strategy. Disponível em: <http://www.iiss.org/publications/
strategic-comments/past-issues/volume-16-2010/october/chinas-three-point-naval-strategy/
>. Acesso em: 23 maio 2011.

THE MARITIME Strategy is about Security, Stability and Seapower. Disponível em:
2011.

SAIU a Estratégia Nacional de Defesa. Disponível em: <http://www.naval.com.br/blog/
2008/12/18/saiu-da-estrategia-nacional-de-defesa/>. Acesso em: 23 maio 2011.

Subtema: “Estratégia das potências marítimas”
Integrantes: Kevin Chung Kai Gabriel Yang / Luiz Fernando Gianese Quagliano Junior

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