quarta-feira, 8 de junho de 2011

Legado do tsunami de 2004: considerações finais

É possível relacionar os tsunamis com a assistência humanitária no âmbito das Relações Internacionais. Entende-se que “os tsunamis surgem após um terremoto [de grande amplitude] nas profundezas dos oceanos causado pelo movimento das placas tectônicas” e se faz relevante estudá-los à medida que eles afetam diretamente os países. O tsunami de 2004 ocorrido no Oceano Índico afetou diversos Estados – principalmente Indonésia, Índia, Tailândia, Maldivas e Sri Lanka. Percebe-se assim a importância deste desastre natural para as Relações Internacionais, visto que foi o que mais arrecadou recursos financeiros e humanos provindos das mais diversas fontes: organizações internacionais, Estados, sociedade civil, empresas, etc. Além disso, por ter sido uma catástrofe sem precedentes e para que a ajuda humanitária fosse efetiva, uma conferência da Organização das Nações Unidas desenvolveu um projeto intitulado Tsunami Global Lessons Learned. Outrossim, a coletânea das experiências bem sucedidas no projeto anteriormente citado deu origem ao relatório The Tsunami Legacy: Innovation, Breakthroughs and Change. Dentre as lições aprendidas estão:
·        Desenvolvimento de tecnologias de monitoramento no Oceano Índico. Em contrapartida, no Oceano Pacífico, ainda que alguns países – como os Estados Unidos – detivessem essas tecnologias, não havia como notificar às nações do risco da ocorrência de terremotos, tampouco de tsunamis. Esta limitação ocorria porque não havia preocupação em interligar os sistemas entre os continentes americano e asiático.
·        Medidas preventivas e pro-atividade dos governos dos países afetados, incluindo enfoque em problemas sociais e econômicos, decorrentes do subdesenvolvimento, anteriores aos desastres naturais,
·        Necessidade de uma instituição centralizada que coordenasse as atividades humanitárias nos países atingidos, a exemplo da Aceh-Nias Rehabilitation and Reconstruction Agency (BRR) – esta que atuava na região mais afetada da Indonésia, Banda Aceh – e que fiscalizasse a entrada e a distribuição de donativos;
·        Utilização de mecanismos de combate a práticas de corrupção, como prestação de contas e transparência;
·        Mudança do enfoque sobre desastres naturais: maior atenção a dificuldades enfrentadas pela ajuda humanitária que vão além do número de mortos e desabrigados; envolvem questões sociais dos países, como a discriminação do gênero feminino na Índia, que forçou o envolvimento das mulheres indianas na reconstrução do país (vencendo preconceitos) e a educação da população jovem para reagir a esses desastres;
“A evolução da assistência humanitária nos desastres ambientais causados por Tsunamis que envolvem o Oceano Índico”
Daniele B. P. de Godoy / Karina Moysés / Vinicius W. B. Santiago/ Vitor R. de Araújo.
Referências:
MARTINI, Augusto Jeronimo. Os tsunamis ou maremotos. Portal São Francisco. Disponível em: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/tsumani/tsunami-1.php> . Acesso em 16 abr 2011.

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